Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2009. Residência Médica em Psiquiatria no Hospital das Clínicas da UFMG em 2013.
Escolhi a psiquiatria por muito amor a esta profissão. Sempre fui fascinado pelos mistérios da mente e logo que escolhi a medicina, entendi que me faria sentido exercê-la face a face com outro ser humano, compreendendo seus dilemas e auxiliando nos momentos difíceis, com um espírito de aceitação e respeito integral, no seu caminho singular de sucesso. Minha missão é proporcionar a cada paciente uma medicina humana e atualizada, por isso estou sempre em busca do que há de mais recente e eficaz, sem negligenciar as diversas áreas que se integram na saúde mental. Mesmo
após mais de 10 anos na área, sinto meu entusiasmo crescer a cada dia, estudo com prazer, hoje ainda mais do que antes, e sei que ainda tenho muito o que aprender.
Dr. Gustavo Faria
A psiquiatria é a especialidade da medicina que cuida de problemas em nossos sentimentos,
pensamentos e comportamentos. Algumas das principais razões para se procurar um psiquiatra são quando nos sentimos estressados, tristes, desanimados ou irritados na maior parte do tempo, quando a ansiedade nos prejudica no dia a dia, quando sentimos medos exagerados ou irracionais, falar em público, sair de casa ou colher sangue, por exemplo – , quando é difícil dormir ou se manter acordado, concentrar-se ou lembrar-se dos compromissos ou controlar os impulsos para algum comportamento, como um ritual, o uso de alguma substância prejudicial, comida, jogos ou até internet. Esses são alguns dos principais sintomas de transtornos psiquiátricos como a depressão,
ansiedade, pânico, ansiedade social, fobias, deficit de atenção, transtorno obsessivo-compulsivo e adicções.
Outras condições são importantes de serem avaliadas por um psiquiatra, como pensamentos de se machucar ou morrer, ter pensamentos insistentes e irreais, como de estar sendo perseguido, ter percepções falsas, como ouvir vozes ou ter visões assustadoras, mudanças de humor entre
depressão e grande euforia. Esses são alguns dos sintomas que podem ocorrer tanto na depressão
como no transtorno bipolar, esquizoafetivo e esquizofrenia.
O psiquiatra também faz avaliação de
pessoas que desejam realizar a cirurgia de obesidade, para que esta seja feita nas melhores
condições mentais; trata de transtornos alimentares como a anorexia e a bulimia; de transtornos do
desenvolvimento, como a deficiência mental, o autismo e a síndrome de Asperger; de transtornos
cognitivos como a demência de Alzheimer; de pessoas que passaram por situações traumáticas e desenvolveram transtorno de adaptação ou transtorno de estresse pós traumático.
O psiquiatra também realiza ou indica a psicoterapia, que é importante auxiliar na maioria dos tratamentos psiquiátricos e para melhorar nossa autoestima, qualidade de relacionamentos e resiliência.
Dr. Gustavo Faria
Saiba quando agendar uma consulta com um Psiquiatra
A depressão se caracteriza por episódio de humor deprimido (sentir-se triste, irritado, sem esperança ou vazio) ou perda do prazer, acompanhado de outros sintomas como desânimo, desinteresse, dificuldade de concentração, de tomar decisões, prejuízo da memória, pensamentos negativos, como sentir-se inútil ou culpado, ideias de suicídio.
Também pode ocorrer insônia ou excesso de sono, aumento ou redução do apetite ou do peso e perda da libido. Deve-se procurar ajuda quando a depressão causa um sofrimento significativo ou prejudica a capacidade do indivíduo funcionar em alguma área importante da vida, como social, no trabalho, etc. O tratamento geralmente envolve uso
de medicações antidepressivas, psicoterapia, mudanças no estilo de vida, sendo sempre individualizado.
Sentir ansiedade pode ser normal. É um estado que nosso corpo se prepara para uma ameaça ou perigo. No entanto, quando ela está exagerada, levando alguém ter crises de pânico, sentir-se constantemente preocupado ou desconfortável, tenso, com dificuldades de relaxar ou adormecer, ou realizar as atividades que deseja, estamos diante de uma ansiedade patológica.
Existem diversos tipos de ansiedade, como o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno de pânico, agorafobia, o transtorno de ansiedade social, fobias específicas, transtorno depressivo-ansioso, etc. O tratamento psiquiátrico auxilia a controlar a ansiedade e a melhorar a qualidade de vida. Para o tratamento, existem disponíveis medicações para o controle agudo e de longo prazo, abordagens de psicoterapia e mindfulness.
Apesar de ser frequentemente reconhecido na infância e associado a problemas escolares, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) pode se estender por toda a vida, gerando diversos prejuízos, principalmente em períodos de maior demanda cognitiva.
Os sintomas se dividem em três grupos:
1) Déficit de atenção: dificuldade em concentrar-se em algo monótono, completar atividades, se organizar, cometer erros por distração, adiar ou procrastinar quando precisa realizar algo que demanda esforço.
2) Hiperatividade: se mexer na cadeira, balançar os pés, se levantar frequentemente quando deveria ficar sentado, estar frequentemente inquieto ou agitado, dificuldade de relaxar no tempo livre, falar demais.
3) Impulsividade: dificuldade em esperar sua vez, interromper os outros quando ocupados, agir sem pensar ou medir os riscos.
Além disso, as pessoas com o TDAH frequentemente receberam muitas críticas e frustrações ao longo da vida e podem ter problemas como ansiedade e baixa autoestima. O principal tratamento é o uso de psicoestimulantes, que são medicações que potencializam o funcionamento do córtex pré-frontal, região do cérebro responsável pela atenção e planejamento.
Uma parte das pessoas que usam uma substância de abuso, como cigarro e cannabis, desenvolvem grande dificuldade de interromper o consumo, mesmo quando percebem significativos prejuízos em sua vida decorrentes do uso.
As pesquisas em neurociências demonstraram que existem circuitos cerebrais de recompensa e de estresse alterados e que por isso, não se trata de apenas uma questão moral ou de falta de força de vontade. Também é muito comum que outros transtornos psiquiátricos estejam associados e tornem a decisão de controlar o uso por conta própria ainda mais difícil. O melhor lugar do tratamento depende do quanto em risco o indivíduo está, mas muitas vezes pode ser realizado de forma ambulatorial, ou seja, no consultório, quando se pode contar com técnicas de psicoterapia eficazes em promover a mudança de comportamento, como entrevista motivacional e cognitivo-comportamental, uso de medicações para controle da fissura e das comorbidades, exercícios de relaxamento e distração, etc, além do fundamental apoio da família e outros setores da sociedade.
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Uma entrevista completa e a avaliação do estado mental são os principais instrumentos para o diagnóstico psiquiátrico correto e com este, a indicação da melhor abordagem para cada indivíduo. Espero sempre proporcionar um ambiente de confiança, confidencialidade e empatia, pois é no primeiro contato que também sentimos o maior medo de se abrir.
Quando se inicia um tratamento psiquiátrico, é importante sentir que o profissional esteja próximo do paciente para poder tirar todas as suas dúvidas, além de o auxiliar no gerenciamento de medicamentos e abordagens. A regularidade de consultas irá variar de acordo com o caso de cada paciente. Elas podem ser feitas mensalmente, ou até mesmo semanalmente. Apenas o profissional irá poder dizer a frequência de consultas que o paciente precisa.
Desde que o Dr. Sigmund Freud, há mais de 100 anos, revelou à humanidade a possibilidade de tratar as neuroses através da palavra, a psicoterapia tem evoluído muito, com o surgimento de diversas escolas de abordagens. Na minha concepção, a psicoterapia tem alicerce na relação terapêutica de empatia e encorajamento, capaz de valorizar a percepção de autoeficácia (capacidade em mudar a própria vida) e autorresponsabilidade, desvelar os valores profundos que motivam as mudanças, promover habilidades de vida. Na minha formação, as principais influências que moldaram minha abordagem foram a entrevista motivacional, a comunicação não violenta, atenção plena – mindfulness -, a terapia cognitivo comportamental e a psicanálise.
Desde março de 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, estou oferecendo e priorizando o atendimento por telemedicina. As consultas são realizadas através de vídeo-chamadas e as receitas, e relatórios emitidos em formato digital ou disponibilizados posteriormente em via física, quando necessário. Minha opinião sobre este atendimento é que, mesmo não sendo o ideal, se adequa bem à especialidade da psiquiatria, tendo inclusive alguma vantagem em relação ao atendimento presencial usando máscaras, pois nessa modalidade, não se consegue transmitir da mesma forma as expressões faciais, importantes para o paciente se sentir mais à vontade e para o psiquiatra realizar uma boa avaliação do estado afetivo, além do risco de contágio aumentado. Então, vamos rezar para que esse estado de emergência passe logo, mas enquanto isso, nos manter seguros.
Muitas pessoas precisam de avaliação psiquiátrica não para receberem um tratamento, mas pela necessidade de constatar uma condição. É o caso de pessoas que precisam de um parecer psiquiátrico especializado para ingresso em concurso público, ou que vão solicitar algum benefício previdenciário, processo civil ou penal no qual é necessária uma avaliação da sanidade mental. Para algumas dessas situações, será requerida uma perícia psiquiátrica, com profissional indicado pelo juiz ou pela administração pública, mas um parecer psiquiátrico da parte é recomendado e pode auxiliar no processo.
Um tipo especial de parecer psiquiátrico é aquele requerido para a realização da cirurgia de obesidade. Esta cirurgia é um tratamento importante para a obesidade, quando bem indicada, mas está associada a certas particularidades psiquiátricas, como a conversão da compulsão alimentar em alcoolismo, abuso de substâncias, compras, ou um aumento da impulsividade em geral. Também é frequente que o indivíduo obeso sofra de condições mentais que possam ter contribuído para o ganho de peso e que podem, pelo mesmo motivo, dificultar a perda no pós operatório. Por isso, trata-se de uma avaliação importante para garantir que o indivíduo tenha o melhor pós-operatório possível, física e mentalmente.
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Graduado em medicina pela UFMG – 2009.
Residência médica em psiquiatria no Hospital das Clínicas da UFMG – 2013.
Mestrado em Medicina Molecular na UFMG – 2016.
Experiência de 3 anos no Hospital Galba Veloso e 5 anos no Instituto Raul Soares, ambos da FHEMIG.
Perito federal no SIASS-CEFETMG por 6 anos.
Fui Professor na FAMINAS-BH (2016) e Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (2019).
Atuou como psiquiatra no CAPS-AD de Betim e no Complexo Penitenciário Público-Privado de Ribeirão das Neves.
Atua em consultório privado desde 2012.
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